Caros leitores, acho que minha garganta está igual aos ralos da Marquês de Sapucaí: entupida! Enquanto na pista a água não desce, fazendo os componentes ensaiarem em contato com água suja, outras questões também não consigo engolir: colegas da imprensa sendo barrados no Sambódromo por seguranças despreparados, pessoas na pista sem credencial atrapalhando quem está lá para levar informação, gente pulando as grades das frisas, crianças também sem credencial, além das mocinhas que nessa época brotam feito insetos a procura de uma luz, flash ou alguma carniça…
Ensaios técnicos:
São Clemente- A agremiação de Botafogo atravessou a avenida debaixo de chuva, o que atrapalhou um pouco sua apresentação. A escola não empolgou muito e o samba se arrastou em alguns momentos.
Portela- A maior detentora de títulos do carnaval carioca levou para a Sapucaí seu grande enredo e samba, um dos melhores do carnaval 2019. A azul e branco de Madureira em sua homenagem à Clara Nunes, fez bonito e passou com competência.
Mangueira- A Estação Primeira de Mangueira, também com um dos melhores sambas e um enredo mais do que oportuno, perfeito para desentupir os ralos das histórias mal contadas, trouxe para os holofotes muitos personagens que tiveram que se contentar apenas com as sombras. O protagonismo dos esquecidos e a voz de quem nunca foi ouvido, fizeram os componentes soltarem a voz e o público seguir atrás da verde e rosa, cantando e “contando a história que a história não conta!”.
H.BaKhury/ websamba.com.br
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