Por Finólia Aroeira
Queridos amigos, no dia 10/06, depois de caminhar pela orla, encontrei na esquina entre Gustavo Sampaio e Princesa Isabel, Carmelita e Seu Ladeira. Os dois, eufóricos, começaram a falar sem parar e se eu tivesse, pelo menos, vinte anos a menos, teria dado uma voadora em cada um. Até que no meio de tanta informação, ouvi: “O Monarco vai concorrer!”. Foi então que entendi que eles haviam ganho três convites para assistirem, no Theatro Municipal, o Prêmio da Música Brasileira.
Marcamos na estação Arcoverde e, como sempre, Carmelita chegou atrasada. Tomamos o metrô e em vez de descermos na estação Cinelândia, saltamos na Carioca! Andamos feito três camelos em busca de um oásis e chegamos na porta do Theatro quase precisando de uma ambulância do SAMU. Estávamos ali para ver Bethânia, Monarco, Bira Presidente, Alcione, Mariene de Castro e tantos outros. Vimos todos eles e adoramos. Ao final, saímos com a garganta seca de tanto cantar e comentar sobre tudo que presenciamos: música boa; gente bonita e descolada; gente com aquela cara brilhosa, parecendo sabonetes falantes; gente moderna, nova e nem tão nova assim, como nós, e muito perfume “Dirce”, o passaporte para a enxaqueca! Caminhamos sobre o tapete vermelho, maravilhados com a festa e lá estava o povo, pendurado nas grades e berrando para cada um que avistava. Quando passamos, gritaram: “Dercy! Dercy!”. Seu Ladeira bateu com a bengala na perna de Carmelita, para que ele se apertasse o passo e não olhasse para trás, pois não sabíamos do que se tratava. Conseguimos um táxi e voltamos para o Leme. Como ainda estava cedo (horário de aposentado), fomos matar a sede no Cervantes antes de seguir cada um para sua casa. Mais uma vez tivemos a oportunidade aplaudir e agradecer por poder sentir na alma a força contida no canto dessa baiana, que só nos enche de orgulho.
Não vemos a hora de nos juntarmos a grande torcida mangueirense para reverenciar a grande Maria Bethânia, fechando os desfiles do Grupo Especial em 2016!
Salve o canto! Salve “A menina dos Olhos e Oyá!”
Finólia Aroeira, do Leme para o mundo / Junho, 2015.
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