Carnaval 2015. Série A!

Por H.Bakhury

As escolas da Série A do carnaval carioca, mais um ano, enfrentaram muitas dificuldades para colocarem seus carnavais na rua. Nesse grupo, as agremiações precisam fazer das tripas coração para confeccionarem alegorias e fantasias, pois patrocínio que é bom, nem sempre chega. É de partir o coração ver escolas com histórias de sucesso, realizando apresentações tão ruins. Com o miserável apoio financeiro que recebem e muitas vezes sem barracões, muitas delas contam somente com a garra e o amor de seus componentes para desenvolverem seus projetos. Há de se refletir sobre os rumos dessas escolas e a importância de cada uma na manutenção do carnaval e da cultura brasileira.

Destaques da Séria A:

O Império Serrano fez uma bela apresentação. Passou muito bem e sua inconfundível e afinada bateria e deu um show; a Paraíso do Tuiutí trouxe alegorias e fantasias bem acabadas, além de uma comissão de frente muito criativa; a Caprichosos de Pilares contagiou com sua apresentação alegre e irreverente; a Império da Tijuca, depois de ser rebaixada injustamente em 2014, fez uma apresentação de arrepiar, com belas fantasias e alegorias; a Unidos de Padre Miguel trouxe belas e grandes alegorias, fazendo um desfile que beirou a perfeição; a Cubango com sua realeza africana, passou de forma impecável e com o samba na ponta língua e a Estácio de Sá, que encerrou os desfiles da Série A, com canto forte, boa vibração e muito bem vestida. A bateria do mestre Chuvisco, apesar de muito acelerada, passou bem.

Também destaco as lágrimas do mestre-sala da Em Cima da Hora, diante de sua escola sem fantasias e algumas incompletas. Os olhos da mídia e do poder financeiro não choram, eles só conseguem enxergar o Grupo Especial e com isso a arte vai se perdendo e a festa se restringindo às escolas de ponta. Infelizmente…

H.Bakhury

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