“Engolindo sapos…” – Por Finólia Aroeira

Queridos leitores, o carnaval de 2017 deixou lembranças muito tristes, pois a falta de responsabilidade fez com que componentes e profissionais da imprensa vivessem cenas de horror. Os lindos cenários, ocos e desgovernados, destoaram da linda festa que todos os anos nos faz sair de casa para, simplesmente, viver…

Antes mesmo dos acidentes, esse carnaval começou a se desenhar de uma forma meio estranha. Primeiro elegeram um rei momo sem sal e sem expressão, que cada vez que cruzava a avenida, só me fazia lembrar do sorriso largo, do carisma e do gingado do Rei Momo anterior; nosso prefeito não se sentiu obrigado a entregar a chave da cidade, numa nítida falta de respeito com a maior festa popular de nosso país. E depois do caldo entornado, os que se acham “donos” do carnaval, decidiram manter as duas agremiações no Grupo Especial. Será que se fosse somente a Tuiuti, eles teriam tido a mesma atitude? Não, eles não teriam e não fariam!  

O que salvou o carnaval 2017:

Os campeonatos da Portela e Império Serrano;

O samba da Beija-Flor;

A Ivete, carregando uma escola inteira nas costas;

A Estácio de Sá cantando Gonzaguinha;

O trabalho do talentoso carnavalesco João Vitor Araújo na Rocinha;

Zezé Motta no Acadêmicos do Sossego e a madrinha Beth Carvalho na Alegria da Zona Sul;

A bateria da União da Ilha; a Mocidade com cara de Mocidade e o topete do Wander Pires; as baianas da Mangueira e da Estácio…

Mesmo assim, somente muito chá de boldo para aliviar todos os sapos que tive que engolir nesse carnaval…

Que nossos colegas da imprensa se recuperem com graça de Deus…

Corta para o carnaval 2018!

 

Finólia Aroeira, do Leme para o mundo/ março de 2017!

 

 

 

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