Queridos leitores, a temporada de eliminatórias de sambas-enredo está de vento em popa e numa dessas sextas-feiras, deu-me na telha ir conferir as obras dos poetas da Estácio e gostei do que ouvi. O enredo sobre Gonzaguinha bem que merece uma obra bacana! Foi um acerto da escola homenagear o grande compositor e cantor da MPB. Esse tem bagagem de sobra! O problema é que nessa época sair do Leme, pegar o metrô e voltar na madrugada, já facilita topar pela frente com algum “espírito olímpico” e eu nem tenho joelho para correr! Lá pelas tantas ficamos sabendo que a composição do sobrinho de Therezinha continuava na disputa, então saímos da quadra e fomos beber umas lá fora.
O dia já amanhecia quando nosso táxi passava pelo Rio Sul e como não havia um balde d’água para jogar na cara do motorista, pois o mesmo passou toda a viagem reclamando de sono, ficamos com medo dele começar a roncar, e pedimos para saltar antes do nosso destino. Andamos muito. Quando entrei em casa, a sensação era de que havia desfilado da primeira escola de sexta até a última de segunda-feira! Minhas pernas haviam ficado pelo caminho e que eu possuía apenas dois cotocos!
Já era sábado e em algumas horas minha afilhada, Rebeca, subiria ao altar. Perto das 15h, saímos numa Van rumo à Acari e, durante a cerimônia, os padrinhos da noiva, a baiana Jupira e o partideiro Clóvis, choravam feito uns doidos. Foi tanta lágrima que, em segundos, a maquiagem dela a transformou numa integrante de comissão de frente desfilando sob um dilúvio bíblico! Até que alguém vendo que eles poderiam ter um troço e caírem duros de tanta emoção, gritou: “joga água na cara deles! ”
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Sobre os enredos, preciso dizer que:
Série A – Apresenta temas mais interessantes que o grupo da chamada elite do carnaval, já que teremos Zezé Mota, Marchinhas, Beth Carvalho, Viriato Ferreira, São João Batista, Gonzaguinha, e por aí vai! Não posso perder…
Grupo Especial – Esse grupo apresenta enredos bem variados, com destaque para a União da Ilha, Beija-Flor, Tuiuti, Imperatriz, Vila Isabel, São Clemente, Salgueiro, Mangueira, Portela… e digo apenas uma coisa: “Joga água, Paulo Barros! ”
Finólia Aroeira, do Leme para o mundo! / Agosto- 2016