Série Ouro (Sábado)/Carnaval 2023!

Os desfiles das escolas de samba que integram a segunda divisão do carnaval carioca, nos dias 17 e 18 de fevereiro, deixaram claro que a falta de recursos representa um ponto negativo para a maioria das agremiações. Para se colocar um carnaval na rua é preciso investimentos e condições para realiza-lo com dignidade.

União de Jacarepaguá

Realizou uma apresentação dentro das suas possibilidades, tentando se agarrar nesse grupo para não voltar à Série Prata.

Unidos da Ponte

Com o enredo sobre Mãe menininha de Oxum, a escola levantou a bandeira contra o racismo religioso, realizando um desfile simples, mas com dignidade e alguns momentos emocionantes.

Unidos de Bangu

Homenageando o Orixá Xangô, a agremiação realizou uma apresentação mediana. Destaques positivos para o samba-enredo, bateria e intérprete.

Em Cima da Hora

Contanto a história de Esperança Garcia, mulher negra escravizada no século XVIII, no Piau, a escola não realizou uma boa apresentação. Problemas no acabamento das fantasias e alegorias, deixou claro a falta que fazem os recursos, principalmente para esse grupo.

Porto da Pedra

Com o enredo “A invenção da Amazônia”, a escola encantou a Sapucaí. O samba-enredo bem construído, a cadência da competente bateria, o canto dos componentes e a concepção visual da agremiação, podem ser traduzidos como um verdadeiro espetáculo.

União da Ilha

Com o enredo “O Encontro das Águias no Templo de Momo”, onde homenageou a madrinha Portela, a escola da Ilha do Governador, fez o dever de casa. Mesmo com alguns problemas na harmonia e fantasias mal acabadas, a Ilha conseguiu apresentar um bom conjunto alegórico, além da força no canto e alegria, sua marca registrada.

Império da Tijuca

Mais uma vez, o fantasma da falta de recursos esteve presente no desfile da escola do Morro da Formiga. Mesmo assim, a tradicional agremiação da Tijuca, realizou uma apresentação com dignidade.

Inocentes de Belford Roxo

Encerrando a segunda noite de desfiles, a escola apresentou o enredo “Mulheres de Barro”, em homenagem as mulheres artesãs. A agremiação cruzou a Sapucaí, com garra, samba na ponta da língua, mas também revelou problemas de acabamento em fantasias e alegorias. O fantasma da falta de recursos fechando com chave de ouro.

Fotos: Regina Silveira

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