Esse ano, infelizmente, os verdadeiros donos do carnaval, não poderão reencontrar suas bandeiras, enchendo de vida aquelas arquibancadas. Nessa época pré-carnavalesca, os ensaios técnicos eram, muitas vezes, a única forma do povo ver de perto suas agremiações, e elas treinarem canto, evolução, harmonia, fazendo seus ajustes. O orgulho de ser carioca podia ser visto estampado no rosto de cada um, que lotava os vagões do metrô, rumo à Passarela do Samba.
As 13 escolas se samba do Grupo Especial, se reuniram, no último sábado (06/01), em frente ao Copacabana Palace e, junto com a Orquestra Petrobrás Sinfônica, realizaram o “Encontro do Samba”, no melhor estilo Plataforma, casa de show para turistas, que teve seu auge na década de 80, no Leblon.
Tenho certeza que sobreviveremos, até porque mandatos e “Cerimônias do beija-mão” um dia chegam ao fim, mas o amor ao carnaval, a liberdade e a cultura popular não terminam, porque são de verdade, e só entende quem está desse lado da história. Vamos resistir!
Que promovam “Encontros” na orla da Zona Sul, importantes para que nossas raízes atravessem os túneis da cidade e nossa identidade se fortaleça ainda mais; que os aguardados ensaios técnicos, também aconteçam; que as escolas de samba da Série A e as que desfilam na Intendente Magalhães sejam respeitadas e prestigiadas como as do Grupo Especial.
Vamos sobreviver!
Heriton Bakhury / Jornalista
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